sexta-feira, fevereiro 17, 2006

AS TEB NA RECUPERAÇÃO DE ÁREAS ARDIDAS

O problema dos incêndios em Portugal têm-se agravado nos últimos anos. Numa organização conjunta de 5 ONGA (WWF, QUERCUS, LPN, GEOTA, SPEA e FAPAS) foram feitas sete propostas de intervenção de carácter urgente a serem implementadas no ano do incêndio ou o mais depressa possível. As TEB têm aplicação nas duas seguintes propostas:

- Prevenir a erosão e a perda de nutrientes, através de formas adequadas de retenção de solo e água;

- Promover a aplicação das técnicas de restauro ecológico às áreas ardidas em detrimento da mera plantação de árvores;

As TEB são técnicas de prevenção da erosão e de restauro ecológico por excelência. O seu objectivo primário é o de potenciarem a sucessão ecológica e a estabilização do solo, mediante a utilização de plantas vivas autóctones e de material vegetal morto, baseando-se na fitogeografia e nas características mecânicas dos solos. Deste modo as TEB adquirem a função de protecção descrita nas “Orientações Estratégicas para a recuperação de áreas ardidas em 2003/04”.

TEB como as faixas de vegetação, rolos de faxinas, colocação de troncos segundo as curvas de nível, plantação de espécies autóctones, muros de vegetação, entre outras deveriam ter sido aplicadas já neste Inverno de forma prevenir a erosão superficial e a potenciar o estabelecimento da vegetação.

4 comentários:

Anónimo disse...

Caro amigo,

Gostaria de saber se conhece: (i) Casos de estudo onde se verifique a aplicação das referidas técnicas após ocorrência de fogo, (ii) Situações que, não se apresentando como casos de estudo, tenham verificado a aplicação das referidas técnicas após ocorrência de fogo.

Creio que a apresentação de casos práticos (do quotidiano ou não)contribuirá para fortalecer a ideia que pretende transmitir.

Cumprimentos e continuação de bom trabalho!

Fátima Silva disse...

Olá Paulo.
Vim fazer-te uma visita e fiquei agradada com a qualidade das tuas postagens. Apesar de novo é um blog com óptimo potencial. Vou com toda a certeza ser uma visitante assídua. Para já vou introduzir o link no meu blog.
Parabéns e bom trabalho.

Paulo Silva disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Paulo Silva disse...

Caros amigos,

Para ser franco em Portugal não conheço nenhum caso de estudo ou sequer a aplicação deste tipo de técnica. Noutros países, nos Estados Unidos, principalmente na Califórnia, este tipo de técnica é bastante usada de modo a controlar a erosão superficial verificada após os incêndios.

Ver: http://www.strawwattles.com

Claro que não só este tipo de intervenção (o do link) é passível de ser utilizado. Existem várias técnicas que têm mostrado eficácia na prevenção da erosão, mas nenhuma destas foi testado em situações de pós-fogo. Estas técnicas foram desenvolvidas principalmente na Áustria e Alemanha, países que não têm os problemas de fogos que nós temos. O nosso próximo passo será o de tentar testar algumas técnicas numa situação de pós-fogo. Para isso precisamos de pessoas interessadas em desenvolver este tipo de aplicação, pessoas que tenham alguma visão de futuro. Vamos desenvolver esforços para contactar produtores florestais e associações de produtores de modo a avaliar o grau de interesse e mostrar o potencial destas intervenções. Se alguém ler este post e souber de alguém a quem possa interessar é favor contactar-nos.

Deixo um alerta para aqueles que pensam em semear misturas de espécies não autóctones para: http://www.laspilitas.com/classes/After_fire.html

Quero deixar um grande agradecimento pelo interesse e sugestões que nos deixou e peço que participe sempre mais neste blog. Também quero dizer que o blog da Fátima Silva – Educação Ambiental – me deixou muito surpreendido pela quantidade e qualidade de informação disponível. Só assim, através da divulgação de novos conteúdos é que se despertam novas curiosidade e se alcança um futuro mais verde!

Saudações verdes
Paulo A. Silva